Saturday, May 14, 2022

Dez Provas do Meu Amor Pelo Cinema

Dez Provas do Meu Amor Pelo Cinema 

Com os resultados do Oscar 2021, que em geral gostei, CODA – No Ritmo do Coração, que ganhou Melhor Filme, é um filme importante no sentido de trazer em debate a questão dos surdos e a linguagem de libras, e complementar ao excelente The Sound of Metal (O Som do Silêncio, no Brasil), de 2020 (o filme que mais gostei aquele ano, junto com The Father, com o Anthony Hopkins). 

Pessoalmente teria dado o Oscar de Direção à Belfast, filme memória do sempre eclético diretor, ator e roteirista norte-irlandês, Kenneth Branagh, que ganhou Melhor Roteiro Original, não a The Power of the Dog (Ataque dos Cães, no Brasil), que não me agradou, e o prêmio de Melhor Diretora para Jane Campion foi praticamente um prêmio de consolação, visto não ter levado mais nada naquela premiação.

Reitero que meu amor é por bons filmes, com boas histórias, não me importando por pautas identitárias, se apenas por imposição, sem contextualização, sem reforçar a força de história. Detesto igualmente polêmicas trazidas apenas para reforçar imposições, descontextualizadas, da qualidade do filme (nesse sentido, recomendo o filme King Richard, com o Will Smith, que mereceu a premiação de Melhor Ator, ainda que sua conduta realmente tenha sido reprovável durante a cerimônia, o que levou justificadamente à sua expulsão da organização).

Compartilho algumas provas do meu amor pelo Cinema:

1) Sou tão cinéfilo, que se estiver em Marte, e houver uma sala de cinema aberta, vou checar a programação, ainda que tenha que frequentar a sala com máscara de oxigênio;

2) Não teve um país, ou cidade que estive, que havia cinema, que não chequei a programação local. Nos locais onde vivi, Brasil, EUA e Austrália, sempre frequentei muito cinema (além de ter frequentado sala de cinema em Hastings, Inglaterra, quando estive lá por um mês);

3) Já fui em cinema visitando Berlim, Paris, Londres, por poucos dias, entre outros locais (e para quem sabe, em países europeus só existem filmes dublados, ou no original em algumas poucas salas). Sempre preferi ver filmes que tinha interesse em salas de exibição, do que no streaming;

4) Já fui voluntário e frequentei festivais de cinema em São Paulo e Miami, e Sidney (a passeio, pois vivia em Melbourne);

5) Quando há algum filme que queria ver, e não encontro companhia, não hesito duas vezes em ir sozinho... (aliás, algumas vezes inclusive prefiro, pois quero prestar atenção no filme);

6) Aliás, sempre fui um rato de locadoras de filme, e DVDtecas (toda quinta/sexta-feira, depois do estágio na Faculdade passava em uma - Blockbuster, 2001, etc.), e sinto falta dessas não existirem mais (sempre havia indicações de bons filmes, filmes diferentes, pelos atendentes, ao contrário do conforto dos algoritmos de streaming, que te empurra para uma mesmice de gêneros - eu pesquiso muito sobre filmes, mas sei que algumas pessoas acabam sendo empurradas pelos algoritmos);

7) Comprava Revista SET e Premiere, para saber as últimas novidades (SET, nacional, não existe mais, e Premiere, estrangeira, agora está inviável, com esse dólar absurdo);

8) Fiz duas disciplinas de Direito do Entretenimento/Entertainment Law, no meu LLM, uma delas que tirei A, e outra B+. Aliás, fui aprovado em cinema na FAAP, no segundo semestre de 2004, e um dos arrependimentos que tive foi de não começa a cursá-la, pois à época estava fazendo outro curso tempo integral (Publicidade na ESPM, que comecei pensando em entrar no mercado cinematográfico - grande parte de quem começa no cinema no Brasil, começa pela Publicidade). Depois migrei para o Direito que não me arrependo, hoje teria feito Cinema e Direito, para trabalhar com produção;

9) Fiz igualmente um curso de roteirista na Academia Internacional de Cinema - AIC, em São Paulo, porém tive que interromper, pois fui aprovado para meu LLM, e mudei para os EUA;

10) Ainda que infelizmente, com essa pandemia se tenha menos chance frequentar salas de exibição, estou seguro que o que manteve minha sanidade mental, principalmente no lockdown, foi poder ver filmes, planejar o que ia assistir nas horas vagas... 

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