Conclave e Anora ganharam Roteiro Adaptado e Melhor Roteiro Original. Ambos são excelentes!
Talvez forçaram em dar o Oscar de Melhor Atriz, para a Mikey Madison (que, diga-se de passagem, está ótima no papel, da personagem título do filme), ao invés da então preferida Demi Moore por A Substância (muito bom filme, lembra filmes do David Cronenberg, como Dead Ringer/Gêmeos - Mórbida Semelhança, e A Mosca, mas o filme/climax do filme é bastante decepcionante), ou Melhor Filme para Anora (e diretor para Sean Baker, de The Florida Project, entre outros).
De qualquer modo, é uma grande vitória para o cinema independente, tendo sido produzido e distribuído pela Neon, produtora independente em crescimento, desde que Parasita, filme sul-coreano distribuido por aquela produtora/distribuidora no mercado internacional, ganhou o Oscar em 2020 (seu principal concorrente esse ano foi O Brutalista, produzido e distribuído pela A24, produtora independente que igualmente vem crescendo bastante, com inúmeras nomeações nos últimos anos - foram deles, por exemplo, Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo, e A Baleia, que foram os principais premiados, no Oscar 2023).
De qualquer modo, é uma grande vitória para o cinema independente, tendo sido produzido e distribuído pela Neon, produtora independente em crescimento, desde que Parasita, filme sul-coreano distribuido por aquela produtora/distribuidora no mercado internacional, ganhou o Oscar em 2020 (seu principal concorrente esse ano foi O Brutalista, produzido e distribuído pela A24, produtora independente que igualmente vem crescendo bastante, com inúmeras nomeações nos últimos anos - foram deles, por exemplo, Tudo em Todo Lugar Ao Mesmo Tempo, e A Baleia, que foram os principais premiados, no Oscar 2023).
Achei que O Brutalista faltou alguma coisa, sua segunda parte é bem mais irregular que a primeira e o personagem de László Tóth, imigrante húngaro, nos EUA, pós-Segunda Guerra, arquiteto judeu, do novamente oscarizado Adrien Brody, não me convenceu plenamente (além das críticas do uso de IA, para suavizar seu sotaque americano, nas cenas que fala em húngaro).
Teria dado a atuação para o Ralph Fiennes, pelo Cardeal do Vaticano, Thomas Lawrence, em Conclave (na sua terceira indicação ao Oscar), interpretação bem mais convincente e humana... Não assisti Emilia Perez mas teria dado o Oscar de Atriz Coadjuvante, para a Isabella Rosselini, também por Conclave, até por toda sua carreira (incrivelmente, essa atriz lendária de filmes como Veludo Azul, do recém-falecido David Lynch, de quem foi parceira durante anos, e filha da - três vezes oscarizada - atriz sueca Ingrid Bergman, e do diretor italiano, Roberto Rosselini - de clássicos do neorrealismo italiano, como Roma, Città Aperta/Roma, Cidade Aberta -, estava em sua primeira nomeação)!
Para Ator Coadjuvante Jeremy Strong (maravilhoso em The Apprentice), Edward Norton (comentários abaixo) e Guy Pearce (bom em O Brutalista, apesar de não ter gostado das escolhas que fizeram para seu personagem), mereciam talvez mais que o Kieran Culkin, que sempre interpreta uma versão de si mesmo (a despeito de A Real Pain ser um bom - mas talvez não excelente - filme). Melhor Filme Internacional realmente só podia ser Ainda Estou Aqui, do Brasil (ou Flow, da Letônia), Emília Perez, que é francês, mas passa no México, foi mal avaliado pelo público, além de ter sido considerado ofensivo aos mexicanos!
Minhas impressões...
No mais, assisti A Complete Unknown sobre o Dylan, e achei excelente. O Timothée Chalamet me impressionou, como o Bob Dylan em começo de carreira (Edward Norton - na sua quarta nomeação -, como seu agente, Peter Seeger, e Monica Barbaro - igualmente nomeada -, como a cantora Joan Baez, estão ótimos também)!
Filme com um ótimo ritmo. Trilha sonora maravilhosa com clássicos do Dylan!